13 de Maio – A Abolição Inacabada
Um olhar crítico sobre a data que marcou o fim oficial da escravidão no Brasil
No dia 13 de maio de 1888, foi assinada a Lei Áurea pela Princesa Isabel, declarando extinta a escravidão no Brasil. Mas o que parece ser uma data de celebração precisa ser revisitada com um olhar mais crítico e consciente.
A chamada “libertação” veio sem garantias de direitos, sem políticas de inclusão, sem reparações aos mais de 700 mil negros e negras que viviam sob um regime desumano. Foram libertos... e esquecidos. A abolição não foi um ato de benevolência da monarquia, mas sim o resultado de séculos de luta, resistência e organização da população negra: nos quilombos, nas revoltas, nas fugas, nas irmandades e nos terreiros.
A Lei Áurea, com apenas dois artigos, aboliu a escravidão no papel — mas não promoveu a cidadania para os libertos. Sem acesso à terra, à educação ou à moradia, a maioria foi lançada à marginalização, enquanto os antigos senhores mantinham seus privilégios intocados.
⚠️ Hoje, a exclusão social, o racismo estrutural e a desigualdade racial são heranças diretas dessa abolição incompleta.
“Será que fomos realmente libertos... ou apenas soltos?”
O 13 de Maio deve ser lembrado, sim — mas não como um marco de liberdade, e sim como símbolo da luta que ainda precisa ser travada por justiça racial, equidade e reparação histórica.
Que essa data nos convoque a ouvir as vozes negras, valorizar suas histórias, e seguir construindo um Brasil verdadeiramente livre para todos.
Acompanhe essa reflexão na íntegra em nosso programa especial na Rádio Código do Passado.
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